Paris, França

Depois de uma estada bem controversa no Cairo, pela qual desenvolvemos uma relação de amor e ódio, Paris está sendo perfeita.

Confesso que os dois primeiros dias aqui foram bem estranhos. Na primeira noite dormi 11 horas direto, de tão cansada que estava da viagem do Cairo pra cá e do tempo que passamos lá. Tive dores musculares nas pernas, acho que pela tensão mais do que pelo esforço físico de andar e andar pelo zoológico, e só hoje estou completamente relaxada.

No dia que chegamos, 2 dias atrás, andamos aqui pelas redondezas do hotel e visitamos a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e andamos pela Champs-Elysees. Tudo fica bem por aqui, mais uma vez nosso hotel é bem localizado, mérito da Jurema da agência Power Travel de SP, que conhece o mundo todo e ajustou o nosso roteiro.
Não sei se por causa do cansaço, ou se porque vimos tantas coisas inesperadas e lindas nesses últimos dias, mas eu estava - ai que medo de falar - entediada nesses passeios turísticos de Paris. Conheço  muita gente que já veio, já vi um milhão de filmes e meio milhão de histórias e pontos de vista, então é como se já conhecesse esse pedaço. 
A não ser quando vi a Torre, que é muito mais linda do que podia imaginar! Então sentamos nos gramados do Campo de Marte, que é um parque ou praça grande em frente a Torre e ficamos ali olhando os turistas, os vendedores africanos de torres miniatura e admirando a beleza da Torre. Mas estávamos os dois bem cansados, e sem querer perder nossos dias aqui continuamos andando e passeando e olhando.

Temos dormido muito cedo, umas 9 ou 10 já estamos os dois desmaiados. 
Mas hoje foi diferente! O Madá gosta de ver as lojas de artigos militares, então procurou o endereço de alguma no google e encontrou uma dica de um rapaz, que indicou uma feira de antiguidades que tinha esse tipo de loja, e só acontece nos fins de semana em Puces. Este lugar fica bem no norte de Paris, completamente diferente daqui. Quando o metrô saiu pra superfície, eu já abri um sorrisão pro Madá e falei: Agora gostei! 
Era um lugar mais pobre um pouco, nada turístico e com muitos africanos. Andamos e logo vimos uma feirinha com muitos artigos da África e feirantes de lá também. Roupas com estampas lindas do Marrocos, Tunísia, Angola, etc. Não compramos nanda porque preferimos comprar isso quando a gente for praqueles lados, né?
Ouvimos um grupo de brasileiros falando que mais pra frente tinham grandes mercados e então seguimos pra lá.
De repente encontramos pequenas ruas que se abriam e viravam galerias enormes de antiguidades! Minha mãe do céu! Cada mesa, cadeira, lustre, objetos de decoração e tudo mais que se pode imaginar de todas as décadas possíveis…
Fiquei pensando que o Tio Germano ia ter um ataque cardíaco e morrer ali mesmo, porque eu quase!
Tem muitas lojas de discos e livros antigos, e brechós com roupas de vários estilistas maravilhosos, inclusive uma das flores de tecido da Chanel, original e na caixinha, que eu nem tive coragem de perguntar o preço. Tudo em euros é muito.
Vestidos vintage de ir ao Oscar, casacos de pele, sapatos, cintos, bolsas, tudo! Uma perdição!
Andamos bastante por ali e seguimos pelas ruas, que também tem muitas barracas de roupas de streetwear, vendidas pelos africanos. Eles são muito simpáticos, todos e graças a Deus não ficam azucrinando pra gente ver ou comprar nada. Nessas andanças, achamos 2 lojas militares muito legais e o Madá pôde matar as lombrigas.
Compramos crepes na rua, uma delícia, e tomamos café num café de esquina, pra esperar a chuva que caía dar uma amaciada.
E eu me impressionei que ainda lembro das aulas de francês - nada como a necessidade - e soube pedir informações e tudo mais :)))

Dali seguimos pra Montmartre por onde andamos pelas ruas meio sem rumo e almoçamos. Chegamos nas famosas Galleries Lafayette, entramos e saímos de lá correndo por causa da gentarada. Definitivamente a gente prefere fazer compras em outros tipos de loja e com certeza com menos gente!

Estou impressionanda com a quantidade de cigarros que esse povo fuma! Gente, eles vão morrer! Na Rússia era pior, mas eu tinha me esquecido. Aqui pelo menos não pode fumar no metrô nem dentro dos restaurantes, mas na Rússia e Cairo, pode fumar a vontade.


Eu descobri aqui que gosto de fazer turismo exploratório (será que é isso?), pelo menos neste momento da vida. Muito mais interessante pra mim ver um lugar que nunca tinha ouvido falar e ver coisas que poucos turistas vêem. Claro que não viria pra cá sem ir na Torre, no Louvre, etc, mas é tão legal quando a gente faz uns passeios mais diferentes e descobre umas coisas inesperadas e bacanas.
Ainda bem que temos 1 semana aqui, então dá pra fazer tudinho com bastante calma, parando pra tomar um café, comer um crepe e entrar numa lojinha.

Mon Dieu, como as francesas são chiques!! Elas estãoo definitivamente acima da Moda aqui. Vestem meias-calças com outras meias, com botas ou sapatos, não estão nem aí pra coordenação de comprimentos de blusa, saia e casaco, usam os cabelos super despenteados e estão sempre lindas! Tudo bem que pesam nada e tem a pele perfeita, mas elas ainda fazem tudo isso com um batom vermelho e ficam mais charmosas ainda.
Dá vontade de cortar o cabelo aqui em Paris. Dá vontade de morar nesses apartamentinhos lindos com janelas enormes e vistas espetaculares. Quero comer croissants e tomar café todo dia. Só não me deu vontade de fumar. Dá vontade de não fazer mais musculação pra perna e deixar ela magrinha e fininha, pra usar com meia calça transparente, sapatinho oxford, mini saia, casacão e cachecol, bem despenteada. e de batom vermelho, que já tá na minha lista de compras!

Agora vou ali na laverie, que o Madá ficou lá cuidando das nossas roupas que estão lavando naquele sistema faça você mesmo, de colocar moedas.
Au revoir!

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